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Ministério da Saúde Revela Primeira Imagem do Mosquito Transmissor do Vírus Oropouche

 


O Ministério da Saúde anunciou a primeira ilustração fiel do mosquito-pólvora, o Culicoides paraensis, transmissor do vírus que causa a febre Oropouche. A descoberta ocorre em um momento crítico, já que a mudança climática contribuiu para o aparecimento da espécie na Bahia, resultando em mais de 800 casos registrados e ao menos duas mortes em 2024, conforme dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Mudanças Climáticas e o Avanço da Espécie

Conhecido também como mosquito-pólvora em algumas regiões do Brasil, o Culicoides paraensis tem ganhado destaque devido ao aumento dos surtos de Oropouche, uma doença que, embora identificada desde os anos 1950, só recentemente começou a chamar a atenção das autoridades de saúde. As mudanças climáticas, que alteram o ecossistema local, favoreceram a migração e proliferação do mosquito para áreas como a Bahia.

Importância da Divulgação da Imagem do Mosquito

A divulgação da imagem fiel do mosquito-pólvora tem como objetivo evitar confusões com outras espécies, como o Aedes aegypti, transmissor de doenças amplamente conhecidas, como dengue, zika e chikungunya. O Culicoides paraensis é notavelmente menor, com cerca de 3 milímetros de comprimento, o que o torna difícil de ser identificado a olho nu. Ele é aproximadamente 12 vezes menor que o mosquito transmissor da dengue e 20 vezes menor que o pernilongo mais comum da região, o Culex quinquefasciatus.

Oropouche: A Doença e Seus Sintomas

A febre Oropouche é provocada pelo arbovírus OROV, transmitido pela picada do mosquito Culicoides paraensis. A doença foi reconhecida pela primeira vez na Amazônia, mas teve diagnósticos equivocados devido à semelhança de sintomas com outras doenças, como a dengue. Dentre os principais sinais da Oropouche, destacam-se dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.

A doença está na lista de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata devido ao seu potencial epidêmico. A elevada taxa de mutação do vírus representa uma ameaça constante à saúde pública, exigindo monitoramento contínuo por parte das autoridades sanitárias.

Desafios e Ameaças para a Saúde Pública

O avanço da Culicoides paraensis na Bahia e sua relação com o surto de Oropouche geram preocupações sobre o controle de doenças transmitidas por insetos no Brasil. A rápida adaptação da espécie e a confusão com mosquitos mais conhecidos exigem vigilância e estratégias eficazes de combate, destacando a necessidade urgente de investimentos em saúde pública e educação sobre prevenção.

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