Trump revoga cidadania automática para filhos de imigrantes nos EUA , medida polêmica assinala um dos primeiros atos do governo.
Na segunda-feira (20), Donald Trump assinou um decreto que determina a interrupção da concessão de cidadania automática a bebês nascidos de pais em situação ilegal nos Estados Unidos. A decisão, que integra a agenda de políticas migratórias do novo presidente, promete desencadear intensos debates legais e políticos.
Impactos Constitucionais e Legais
A medida busca alterar a interpretação da 14ª Emenda da Constituição americana, que assegura cidadania a todas as pessoas nascidas em solo norte-americano. Segundo informações da ABC News, a iniciativa deve enfrentar fortes resistências nos tribunais, devido às proteções constitucionais já estabelecidas.
Além de atingir filhos de imigrantes ilegais, o decreto também abrange bebês nascidos de mães que estejam legalmente no país em condição temporária. A implementação está prevista para começar 30 dias após a assinatura do documento.
Endurecimento da Política Migratória
Este decreto é parte de uma série de medidas destinadas a reforçar o controle migratório nos EUA. Durante seu discurso de posse, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México, reafirmando sua intenção de combater a imigração ilegal de maneira agressiva.
Entre as ações anunciadas, destaca-se o retorno da política “Permanecer no México”, que obriga solicitantes de asilo a aguardar em território mexicano até a audiência de imigração nos Estados Unidos. Outra medida é a continuação do projeto de construção de um muro na fronteira, elemento central das promessas de campanha do presidente.
Repercussões e Desafios
A decisão de Trump já gera divisões entre aliados e opositores. Grupos defensores dos direitos dos imigrantes prometem mobilizações e ações judiciais para reverter a medida. Por outro lado, apoiadores do governo aplaudem a iniciativa, considerando-a um passo necessário para conter a imigração ilegal e reforçar a soberania nacional.
Os próximos meses devem ser decisivos para determinar o futuro da medida, que poderá redefinir aspectos fundamentais da legislação migratória e constitucional dos Estados Unidos.
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