Líder da Igreja Católica, de 88 anos, enfrenta pneumonia bilateral e infecção polimicrobiana; boletim médico do Vaticano contradiz relatos de que ele estaria “no fim da vida”
A internação do Papa Francisco no hospital Gemelli, em Roma, completa sete dias nesta quinta-feira (20), enquanto o estado de saúde do pontífice segue gerando preocupação entre fiéis e autoridades do Vaticano. O líder da Igreja Católica, que já teria recebido a extrema-unção, enfrenta uma pneumonia bilateral e uma infecção polimicrobiana, agravadas pelo fato de ele possuir apenas um pulmão funcional.
Fontes próximas ao Vaticano relataram ao jornal Il Giornale d’Italia que o Papa estaria “morrendo”. Segundo o informante, a enfermeira que cuidava de Francisco foi substituída por duas freiras, e a frase “ele está no fim da vida” foi usada para descrever sua condição. “Bergoglio tem apenas um pulmão, e agora esse pulmão está afetado por uma pneumonia grave. O problema é que ele nunca quer ser tratado por médicos e chega ao hospital no último momento. Agora ele está sendo tratado porque está muito sério, está morrendo”, afirmou a fonte.
No entanto, o boletim médico divulgado pela Santa Sé nesta manhã apresenta um cenário menos alarmante. De acordo com o comunicado oficial, “a noite transcorreu tranquilamente, o Papa levantou-se e tomou café da manhã numa poltrona”. Apesar da aparente estabilidade, o Vaticano não divulgou fotos ou vídeos do pontífice durante sua internação, o que alimenta especulações sobre a gravidade de seu estado.
Sua saúde sempre foi um tema de atenção, especialmente após a remoção de parte de um de seus pulmões na juventude, devido a uma infecção. Apesar de suas limitações físicas, o Papa manteve uma agenda intensa, viajando pelo mundo e promovendo mensagens de paz, justiça social e cuidado com o meio ambiente.
Especialistas em assuntos do Vaticano destacam que a Santa Sé tende a ser cautelosa ao divulgar informações sobre a saúde do Papa, especialmente em momentos críticos. A transparência limitada pode ser uma estratégia para evitar alarmismo desnecessário, mas também gera espaço para especulações e notícias conflitantes.
A situação também reacende debates sobre a necessidade de maior transparência em relação à saúde de líderes religiosos e políticos, cujas condições físicas podem impactar milhões de pessoas.
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