Pontífice enfrenta pneumonia bilateral e queda de plaquetas; prognóstico é considerado reservado, mas ele não corre risco iminente de vida
A saúde do Papa Francisco, de 88 anos, preocupa o Vaticano após uma crise respiratória asmática prolongada e complicações decorrentes de uma pneumonia bilateral. Neste sábado (22), o boletim médico divulgado pela Santa Sé informou que o pontífice também foi diagnosticado com trombocitopenia (queda de plaquetas no sangue) e anemia, o que exigiu a administração de transfusões de sangue.
“O Santo Padre continua vigilante e passou o dia em uma poltrona, mesmo sofrendo mais do que ontem. No momento, o prognóstico é reservado”, diz o comunicado. O médico Sergio Alfieri, responsável pelo tratamento do Papa, afirmou que, apesar da gravidade, Francisco não está em risco iminente de vida. “Se a pergunta é ‘ele está fora de perigo?’: não. Se perguntam se ele está em perigo de vida, a resposta é não. Ele é o Papa, mas também é um homem”, destacou.
Risco de sepse e cuidados intensivos
Os médicos alertaram para o risco de que germes das vias respiratórias entrem na corrente sanguínea do pontífice, causando sepse — uma infecção generalizada que pode ser fatal. A pneumonia bilateral, que levou Francisco a ser internado há oito dias, continua sendo a principal preocupação. Apesar das dificuldades, o Papa conseguiu se locomover por 20 minutos até a capela do hospital para rezar, demonstrando resistência.
Angelus cancelado pela segunda semana
Pela segunda semana consecutiva, o Papa não fará a tradicional oração do Angelus no domingo (23). Em vez disso, um texto será publicado em seu nome, mas não será lido por ele, assim como ocorreu no domingo anterior. A medida reflete a gravidade de seu estado de saúde e a necessidade de repouso.
Contexto da internação
Francisco foi internado no hospital Gemelli, em Roma, no dia 29 de março, após relatar dificuldades respiratórias. Exames confirmaram a pneumonia bilateral, uma condição que afeta ambos os pulmões e é particularmente perigosa para idosos. Apesar de sua idade avançada e do histórico de problemas de saúde — incluindo a remoção de parte de um pulmão na juventude —, o Papa tem demonstrado resiliência, mas sua recuperação é lenta e complexa.
Reações e preocupações globais
A saúde do líder da Igreja Católica tem mobilizado fiéis ao redor do mundo, que se unem em oração por sua recuperação. Autoridades religiosas e líderes políticos também têm manifestado solidariedade ao pontífice, reconhecendo seu papel fundamental na promoção da paz e da justiça social.
Enquanto isso, o Vaticano mantém transparência limitada sobre os detalhes do tratamento, priorizando a privacidade do Papa. A equipe médica segue monitorando de perto sua evolução, mas o prognóstico continua reservado.