Um dos criminosos mais procurados do Brasil, Denis Galdino, de 42 anos, foi capturado neste sábado (15) em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu em uma operação conjunta entre as polícias fluminense e catarinense.

Falsa identidade e tentativa de fuga
Segundo as investigações, Galdino se escondia sob um nome falso e se preparava para participar de um evento religioso. Ele acumulava passagens pela polícia em 17 estados brasileiros e já havia sido preso em flagrante no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal. Em todas as ocasiões, utilizava documentos falsificados para evitar a identificação.
Em um dos casos mais emblemáticos, Denis se passou por um jornalista do Paraná, que passou dois anos tentando provar sua inocência após ter sua identidade utilizada pelo criminoso.
Articulação de quadrilhas e crimes recentes
A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) do Rio de Janeiro identificou Galdino como um dos principais articuladores de quadrilhas especializadas em roubos a bancos no país. Ele também é suspeito de envolvimento em recentes ataques a caixas eletrônicos no estado, nos quais explosivos foram utilizados para arrombar os equipamentos.
O criminoso estava foragido desde fevereiro de 2024, quando participou do assalto a uma agência do Banco Santander em Joinville, Santa Catarina. Na ocasião, seis criminosos invadiram a unidade e, em menos de 10 minutos, levaram quase meio milhão de reais. Durante a operação policial chamada “Saque Rápido”, cinco dos envolvidos foram presos, restando apenas Galdino foragido.
Refúgio no Complexo da Penha
Após o roubo, Denis se escondeu no Complexo da Penha, uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro e conhecida por abrigar criminosos foragidos de outros estados. Ele permaneceu na comunidade por meses, contando com a proteção de facções criminosas locais.
Com a prisão de Galdino, as autoridades esperam avançar nas investigações sobre os recentes ataques a bancos e desmantelar redes criminosas envolvidas nesse tipo de crime. Ele deve ser transferido para Santa Catarina, onde responderá pelos crimes cometidos no estado.