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Ação da Polícia Civil mira esquema criminoso que manipulava sorteios nas redes sociais; entre os presos estão influenciadores com milhares de seguidores e policiais militares.

A Polícia Civil da Bahia deflagrou nesta quarta-feira (09/04) a segunda fase da Operação Falsas Promessas, com foco na desarticulação de um esquema criminoso de rifas ilegais e lavagem de dinheiro. Ao todo, 22 pessoas foram presas, entre elas influenciadores digitais populares, como Franklin Reis, Ramhon Dias, o casal José Roberto Santos (Nanam Premiações) e Gabriela Silva (Gaby Silva), além do policial militar Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca.

De acordo com o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), os criminosos realizavam sorteios falsos com prêmios de alto valor, como carros de luxo, e manipulavam os resultados para beneficiar membros do próprio grupo. As rifas eram divulgadas por meio das redes sociais, e os lucros eram camuflados com o uso de empresas de fachada e “laranjas”.

O casal Nanan e Gaby, que juntos somam mais de 250 mil seguidores, foi preso em um condomínio de luxo na Estrada do Coco, na Região Metropolitana de Salvador. Já Ramhon Dias, com mais de 420 mil seguidores, é reincidente no esquema, sendo investigado desde 2023.

Franklin Reis, criador dos personagens Neka e Abias e com mais de 690 mil seguidores, também foi detido. Outro nome conhecido nas redes, o policial Alexandre Tchaca, que comanda um podcast policial, foi preso e denunciou suposta armação contra ele.

Além deles, o influenciador Josemário Lins, de Juazeiro, que ostentava viagens e bens de luxo para seus 650 mil seguidores, também foi preso.

  • 30 mandados de busca e apreensão cumpridos;
  • 6 medidas cautelares expedidas;
  • R$ 680 milhões bloqueados em bens e valores (R$ 10 milhões por CPF/CNPJ);
  • Veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks foram apreendidos;
  • Cerca de 300 agentes policiais participaram da operação.

A operação teve abrangência em Salvador, região metropolitana, interior da Bahia e também no estado de São Paulo. Segundo a Polícia, o grupo contava com apoio de policiais militares e ex-PMs, que ofereciam proteção e informações privilegiadas aos criminosos.

As investigações seguem em andamento para identificar novos envolvidos, rastrear o fluxo financeiro do esquema e confirmar possíveis conexões com outros estados. Os acusados poderão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude em sorteios e jogos de azar.

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