O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 2, após reunião com o presidente Lula (PT) no Palácio do Planalto. A queda do presidente nacional do PDT da pasta acontece após o escândalo do desvio bilionário de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nas redes sociais, o agora ex-ministro agradeceu ao petista pela confiança em seu trabalho e diz que nunca esteve vinculado com a fraude do órgão. “Tomo esta decisão com a certeza de que o meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades do INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu Lupi em um card publicado no X (antigo Twitter). Lupi também diz esperar que “as investigações sigam seu curso natural” e aguarda a punição dos responsáveis pelo sumiço de R$ 6,3 bilhões.”Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho dos nossos beneficiários seja devolvido integralmente”. O pedetista também agradeceu a confiança dos servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social. Veja post
pic.twitter.com/UT4tqWuw8F— Carlos Lupi 🇧🇷🌹 (@CarlosLupiPDT) May 2, 2025Maioria dos brasileiros queriam demissão de LupiO levantamento divulgado pelo AtlasIntel/CNN, parceiro de A TARDE, na quinta-feira, 1, mostra que 85,3% dos brasileiros querem a destituição de Lupi do posto. Já outros 8,7% defendem a permanência do presidente nacional do PDT na cadeira do ministério. Outros 6% dos entrevistados não souberam responder o questionamento.A pesquisa mostrou também que 84,4% dos participantes acompanhou de forma constante as notícias sobre o escândalo no INSS, enquanto 15,6% disseram que ouviram falar do esquema, mas sabem pouco sobre o assunto.Fraude do INSSA Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, na terça-feira, 29, investiga um suposto esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) cumpriram 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.As investigações da PF identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.O rombo nas contas dos aposentados e pensionistas chegou a R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.
Fonte: atarde.com.br