O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) explicou, nesta quarta-feira, 7, o motivo de não incluir o sindicato de um dos irmãos presidente Lula (PT) que também arrecadou com descontos ilegais de aposentadorias.“Foram incluídas associações que constaram na operação como pagadoras de propina a agentes do INSS, bem como, aquelas tidas como fantasmas e que não tinham condições mínimas para sua existência”, disse o instituto ao portal Metrópoles.Doze empresas estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas e responderam a um processo administrativo de responsabilização.
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A medida foi aberta pelo INSS na última segunda-feira, 5, contudo, a convocação foi feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) na última terça, 6.O órgão federal também afirma que as apurações em torno do caso “continuam para se detectar se outras instituições também se enquadram nos casos previstos na Lei Anticorrupção”.A investigação deixou de fora três entidades que mais arrecadaram e aumentaram seus faturamentos nos últimos anos.Saiba quem são as entidades excluídas da investigaçãoO Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem Frei Chico, irmão do presidente Lula, como vice-presidente. A corporação foi a terceira que mais arrecadou com descontos, entre 2019 e 2024.A Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), que aumentou o valor descontado de aposentados em 57.000%, entre 2019 e 2023, segundo a CGU.A Contag, que acumulou R$ 2 bilhões, entre 2019 e 2024, com descontos de aposentadorias, também de acordo com a CGU. A entidade é presidida por Aristides Veras Santos, irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE).Fraude do INSSA Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) cumpriram 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.As investigações da PF identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.O rombo nas contas dos aposentados e pensionistas chegou a R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.
Fonte: atarde.com.br