Ampliar continuamente a oferta de serviços tem sido uma boa prática do Sistema Único de Saúde (SUS), ao acrescentar, em novo tento lavrado pelo presidente Lula, a cirurgia reconstrutiva do “lábio leporino” ou “fenda palatina”,Trata-se de uma fissura labial, separando o lábio superior, abaixo do nariz, provocando, no mais das vezes, algum desconforto, quando não “sociofobia” pela consciência da diferença física no mundo dominado pela normatividade.A incompletude ocorre na gestação, tendo um forte componente genético, agora possível de ficar no passado a busca das causas, pois o tempo futuro chegou com a Lei no. 15.133, determinando a obrigatoriedade do procedimento.Além do reparo na região da boca, o governo federal fez toda questão em não deixar pela metade a reabilitação, ao fornecer fonoaudiólogo para reaprenderem a sugar, mastigar e providenciarem o desenvolvimento da fala.Sim, porque as limitações transcendem à reflexão sobre as distinções de ordem particular, arcando a cidadã ou cidadão com mais dificuldades de convívio, devido às dificuldades de linguagem, além de restrições ao alimentar-se.Garante ainda a lei a disposição de ortodontista, a quem caberá decidir sobre implante dentário e aparelhos ortodônticos para plena recuperação; não podia faltar também, nesta visada multidisciplinar, o acompanhamento psicológico.A competência e a boa vontade com a qual se escora o benfazejo PL aprovado inclui as criancinhas, alcançado o estatuto de prioridade o atendimento quando nasce o bebê já diagnosticado desde o exame pré-natal.Com ações como esta, corresponde o Brasil ao epíteto de “gigante”, não apenas pela “própria natureza”; “gigante” nos cuidados com sua gente. Cumpre em simultâneo o princípio de justiça reparadora, proporcional ou geométrica, ao alegrar brasileiras e brasileiros cujo acesso a um cirurgião de clínica privada torna-se proibitivo quando não se tem muitos cobres.
Fonte: atarde.com.br