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Nova frente fria em Salvador preocupa população e autoridades

Mesmo com melhora prevista para o final de semana, o tempo chuvoso na capital baiana deve se manter na semana seguinte devido a chegada de nova frente fria, informa alerta emitido pela Defesa Civil de Salvador. A previsão é de mais temporais, raios e ventos fortes.A meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Cláudia Valéria, explica que a maior ocorrência de frentes frias consecutivas é característica do mês de maio: “Esse é o período mais chuvoso da faixa Leste do estado. Segundo a média dos últimos 30 anos, abril, maio e junho são os meses com mais chuva, inclusive em Salvador”. No registro histórico, a média é de 22 dias com chuva só neste mês. O soteropolitano, durante essa época, não pode esperar longos períodos com sol, alerta Cláudia.No entanto, a previsão a partir de hoje, é que a chuva reduza gradativamente até o próximo domingo, afirma a especialista. “Teremos menos chuva em comparação a que ocorreu durante essa última semana. Terão ocorrências mais pelo início do dia, noite e madrugada, mas com o sol aparecendo em alguns momentos”.Segundo informações do ClimaTempo, a precipitação entre esta sexta e domingo deve se resumir a pancadas rápidas de chuva.Ainda ontem, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) manteve o alerta amarelo para o acumulado de chuva na cidade com “potencial perigo”. Incluindo 109 cidades baianas, o aviso previa baixo risco de alagamentos e possibilidade de pequenos deslizamentos. Além disso, indicava chuva de 20 a 50mm/dia.ImpactosSomente na primeira semana do mês, Salvador já superou o volume médio de chuva esperado para maio, de 302,2. Ao todo, 5 bairros da cidade já tiveram registros maiores do que o previsto, segundo boletim do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil (Cemadec), emitido ontem. São eles: Barro Duro (403,6mm); Ilha de Bom Jesus dos Passos (332mm); Águas Claras (310,4mm); Cajazeiras XI (307mm); e Periperi (304mm).As ocorrências devido aos impactos do acumulado de água também continuaram. Ainda pela manhã, foram identificados pontos de alagamento em regiões como Avenida Vasco da Gama, Sete Portas, Federação e Rio Vermelho. As ameaças para deslizamento e desabamento continuaram sendo as maiores queixas, totalizando 63 ocorrências até as 16h, segundo registro da Codesal. No total, foram 118 ocorrências desde o início do dia. Pau da Lima, Itapuã, e Cabula/Tancredo Neves se destacavam entre os locais com mais chamados.Na Rua da Liberdade, no Alto do Coqueirinho, parte de uma casa desabou durante a madrugada, atingindo outras duas moradias. Uma das casas, em que moravam um casal e três filhos, ficou destruída, e os residentes tiveram que se abrigar em casas de parentes. Ainda pela manhã, equipes da Codesal estiveram presentes no local prestando suporte às famílias. Ninguém ficou ferido.“As famílias estavam dormindo, quando foram alertadas pelos vizinhos que uma estrutura de cima estava desabando, por isso conseguiram sair a tempo. A casa mais atingida ficou inutilizável, porque sofreu muito estrago mesmo”, relata Nádia Pacheco, líder comunitária do bairro que acompanhou a situação.Durante a manhã, a Codesal ainda emitiu um alerta para seis comunidades devido ao risco de deslizamento: Mamede (Alto da Terezinha); Irmã Dulce (Cajazeiras VII); Creche e Moscou (Castelo Branco); Bosque Real e Olaria (Sete de Abril). Os locais são os mesmos que tiveram as sirenes acionadas no último sábado, como parte do Plano Preventivo da Defesa Civil. Os moradores foram recomendados a se dirigirem a locais seguros.Queda de energiaA queda de energia em diversas localidades é mais um dos impactos causados pela chuva desde o início da frente fria. A Neoenergia Coelba mobilizou cerca de 850 eletricistas, mais do que quadruplicando o efetivo nas áreas críticas. O contingente chegou a mais de 3500 profissionais, e o trabalho foi realizado 24h por dia. Segundo a Neoenergia, o período de maior impacto na rede elétrica foi entre a sexta-feira (2) e o sábado (3). Bairros como Rio Vermelho, Amaralina, Campo Grande, Canela e Federação estiveram entre os impactados.Em caso de emergência, a Defesa Civil, através do número 199, ou o Corpo de Bombeiros, pelo 193 devem ser acionados.*Sob a supervisão da editora Isabel Villela

Fonte: atarde.com.br

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