Nascido em Feira de Santana, o líder espírita Divaldo Franco faleceu na noite da última terça-feira, 14. A morte, encarada muitas vezes como luto, pode ser um processo profundo e difícil de lidar. A religião, por sua vez, para quem crê pode assumir o papel de acalanto e suporte para se encarar e vê-la de outras formas.É o caso do espiritismo, Divaldo Franco relatava desde criança se comunicava com espíritos, principalmente após a morte do irmão mais velho, na época o luto o abalou tanto que ficou sem os movimentos das pernas, em estado de paralisia.Ainda na juventude, a médium Sra. Ana Ribeiro Borges ajudou o menino a libertar-se do estado de paralisia e explica para ele que a reação tratou-se do irmão desencarnado que se ligou a ele. Curado, o líder espírita passou a se dedicar aos estudos do espiritismo.Como a fé espírita entende a morte?Para a religião espírita, a morte não é o fim da vida, eles acreditam que essa é apenas uma passagem, uma experiência com o corpo, mas que não para ali. O espiritismo possui três pilares fundamentais:Imortalidade da alma;Capacidade de comunicação com os mortos (mediunidade);Reencarnação.Na Doutrina Espírita, a vida após morte, também chamada de desencarnação, entende que o espírito é a essência imortal do ser humano, e dessa forma quando concebida a morte, o espírito se separa do corpo físico para entrar no mundo espiritual.
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Assim, para os espíritas, a morte é vista como uma transição natural e gradual, onde o espírito se desprende do corpo físico, para no mundo espiritual passar pelo processo de aprendizagem, trabalho ou descanso a depender da evolução do espírito.ReencarnaçãoNo local do mundo espiritual, de acordo com o espiritismo, o espírito continua a evoluir para aprimorar seus conhecimentos, virtudes e capacidades, em outro plano ou dimensão.Conforme visto pelo espiritismo, a alma é vista como imortal. Dessa forma, para a religião, a reencarnação é vista como uma oportunidade do espírito aperfeiçoar os erros e acertos mediante a nossa experiência, construindo nosso próprio destino.A doutrina Espírita diz que Deus cria as almas simples e ignorantes, isto é, sem a noção e sem o conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo. Assim, para o espiritismo, a reencarnação em um novo corpo é encarado como continuação de um processo de desenvolvimento e aprendizado.Ainda segundo a religião, ao término de cada passagem terrena é possível avaliar a dimensão da evolução espiritual e, com a ajuda dos mentores e dos construtores da vida, resolver se é melhor permanecer no plano espiritual, atuando positivamente em auxílio aos encarnados, ou se seria o momento certo de voltar à Terra.
Fonte: atarde.com.br